O Bosque da Educação Popular e da Reforma Agrária nasce como ideia, a partir do grupo de trabalho do convênio de cooperação Instituto Educar e IFRS-Campus Sertão, de se constituir um espaço de implantação, construção, estudo, pesquisa e como um espaço futuro da sociabilidade, da diversidade, da inclusão e de alguns dos principais princípios da educação popular.
Os conceitos que permeiam o início desta experiência são dos sistemas agroflorestais (sistemas largamente documentos em pesquisas da EMBRAPA, ONGs e Movimento Sociais Populares), bem como das minifloresta e mini bosque (método do botânico japonês Akira Miyawaki). Nessas perspectivas o bosque se constitui como um “lugar” de árvores nativas (frutíferas e de madeira) que permite a partir dos parâmetros de fertilidade do solo e de sua melhoria um adensamento e a possibilidade de pequenos espaços vegetais e diversos, que concretiza, a experiência teórica/prática e o acesso a espécies que normalmente estariam em florestas nativas ou biomas. Para tal se procura “naturalizar” alguns aspectos que possibilitem a convivência das espécies vegetais e humanas.
Entre os objetivos do reflorestamento, um dos mais interessantes está ligado à preservação de bacias hidrográficas e morros. Isso porque as chamadas matas ciliares são de suma importância para que os rios mantenham suas estruturas. As árvores que se situam na beira dos rios são capazes de reter a erosão e impedir que haja um deslizamento de terra no local, que pode até mesmo aterrar determinado ponto do rio e até modificar a sua geografia.
O bosque pretende na proposta desta projeto se constituir como um local de espaços de educação e discussão da:
- Sociabilidade e socialidade /diversidade (a questão cultural, biológica) / acessibilidade e inclusão dos diferentes acessos e saberes /construção do conhecimento, ciência (processos de execução e planejamento das atividades – registros e análises – sistematizar);
- Teoria e prática (análise de solo, diâmetros /ciências florestais, classificação botânica, crescimento, adaptação, adaptação de pequenos espaços para formação de bosques e cuidados com a área nativa);
- De registro do processo para discussão e análise futura a partir de uma área experimental;
- (Laboratório a céu aberto) – Dados e registros ciências agrárias/biológicas/humanas e sociais;
- Transversalidades e possibilidades futuras: reconstrução da paisagem, possibilidades de disseminação das ideias e construção do conhecimento /acessibilidade e construção de referências;
- Conceituais sociedade, natureza, cultura / – educação ambiental e espaços de discussão e re(educação);
- Temporalidade e espacialidade de projetos (curto/médio/longo) nesse sentido o projeto tem um importante papel de continuidade e acompanhamentos na sua implementação, discussão e construção nos cursos de técnico em agropecuária, agronomia, biologia e zootecnia.
O projeto de Cooperação é continuidade de um acordo de cooperação entre Educar e Campus de Sertão para a extensão do curso técnico em agropecuária – habilitação em agroecologia, que evolui para os temas de Agroecologia, Educação e Trabalho.
O Instituo Educar em parceria com via Campesina e MST tem o projeto de reflorestar 100 milhões de árvores nativas, nesse sentido a oportunidade de uma parceria para a implementação e plantio de uma área de mini bosque no IFRS-Campus Sertão.
Na perspectiva de ampliação do diálogo este projeto dialoga e se comunica com os projetos Sertão Maker, Projetos de ensino do Campus (Hábitos de estudar, Hábitos Metodológicos) e também com CTA Reitoria na ideia de ampliar a acessibilidade ao mini bosque, pois em seu nascedouro se procura ampliar acessibilidade ao mini bosque, bem como discutir a conceito e a prática de diversidade biológica e cultural, que está no cerne da proposta de educação popular e reforma agrária.
A possibilidade de discussão e construção conceitual e curricular de transversalidades e possibilidades futuras de reconstrução da paisagem, possibilidades de disseminação das ideias e construção do conhecimento.
Fotos das atividades por ano:
